Estudo Bíblico: Mortos para o pecado e para a lei

Estudo Bíblico: Mortos para o pecado e para a lei

Mortos-para-o-pecado

Me permitam uma pausa. Muitas vezes entrei em conflito com a Palavra de Deus, pois encontro que as verdades da Bíblia não são realidade em minha vida; são verdades no texto, mas não em minha experiência. Então surge o clamor: «Senhor, me socorra para que isto seja verdade em minha vida prática!”.». Muitas vezes esta experiência se vive com angústia, com gemidos profundos, com oração e até com jejuns, com consultas a outros irmãos ou a escritos de servos de Deus que possam nos esclarecer verdades fundamentais.

 

Mortos-para-o-pecadoQuando descobrimos nas Escrituras uma riqueza que não podemos desprezar, devemos nos apropriar delas com diligência. Do contrário, seríamos uns néscios. Se nos é oferecido tudo para sermos vitoriosos em Cristo, por que vamos seguir em torno somente de Romanos 3, se podemos chegar a ser mais que vencedores como em Romanos 8? Mas, para chegar a Romanos 8 necessitamos primeiro experimentar as verdades de Romanos 6 e 7.

 

Olhemos em forma paralela Romanos 6 e 7. Em Romanos 7:4 diz: «Assim também vós, meus irmãos, morrestes para a lei…» Alto!, em Romanos 6:2 diz que morremos para o pecado, e aqui diz que morremos para a lei! Sigamos lendo: «…mediante o corpo de Cristo, para que sejamos de outro, daquele que ressuscitou dos mortos, a fim de que demos fruto para Deus». Como nós gostamos deste versículo! Pois todos desejamos ser frutíferos, ninguém deseja ser estéril; portanto, ponhamos atenção a estas palavras: o pecado e a lei não morrerão,

 

 

Nós morremos para o pecado e para a lei!

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O que é o pecado? Basicamente, é tudo aquilo que não devemos fazer. Do mesmo modo, a lei representa tudo aquilo que deveríamos fazer para agradar a Deus (pois a lei é justa, santa e boa, 7:12). Deus não nos requer coisas injustas. Entretanto, nos damos conta que nossa natureza é absolutamente impotente para ambas as coisas (você tem descoberto isto?). Não podemos evitar o mal e tampouco podemos fazer o bem que desejamos. À medida que avançamos em nossa experiência cristã, maior será nossa consciência da incapacidade «da carne», quer dizer, de nossas próprias forças para agradar a Deus. Tornam-se inúteis os esforços piedosos do homem religioso em sua tentativa por agradar a um Deus santo.

 

Entretanto, irmãos, a Escritura diz que já morremos para o pecado e para a lei! (Imagino Apeles passando por esta estreiteza que representa Romanos 6 e 7. Ele não passou de Romanos 3 ao 16 de uma vez. Me imagino rogando: «Senhor, me revele esta palavra! Porque se for possível morrer para o pecado e para a lei, eu quero que isso se cumpra cabalmente em minha vida»). Quando não temos suficiente luz espiritual, imaginamos que isto é um longo e doloroso processo. Entretanto, aquilo já ocorreu! De tal maneira que se um irmão está tratando de morrer para o pecado ou para a lei, está errado. Ainda não entendeu a obra de Deus em Cristo Jesus para conosco, e está ainda fora do poder do evangelho, ou só o entendeu parcialmente, «porque no evangelho a justiça de Deus se revela por fé e para fé», e os que reinam em vida são os que recebem a abundância da graça.

Irmão, deixe-me dize-lo desta maneira: Você e eu necessitávamos do sangue de Cristo (com Romanos 3 estamos já muito claros); mas, além disso, precisávamos morrer e precisávamos ressuscitar. Necessitávamos um sangue que nos limpasse de nossos feitos pecaminosos e necessitávamos de uma morte que terminasse com nós mesmos, e além disso necessitávamos de uma ressurreição que nos levantasse dentre os mortos. Isto parece uma loucura, mas a palavra nos diz que fomos «sepultados junto com Cristo ... a fim de que como Cristo ressuscitou dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós andemos em nova vida.

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Pergunto: Cristo Morreu? Cristo

 

Ressuscitou? Nossa resposta é um terminante:

 

Sim! Agora, cremos no que está escrito? É obvio que sim, cremos!

 

Então, nós também morremos e ressuscitou com Cristo! Convido-o, irmão amado, que da mesma maneira como você creu que o sangue de Cristo lavou todos os seus pecados, creia também que a morte de Cristo é inclusiva: incluiu a você também, e de igual forma sua ressurreição também nos inclui.

 

Concluímos, então, que nós crentes morremos com Cristo e ressuscitamos com ele! Irmãos, isto não é algo para saltar de alegria? Não é esta a ampla provisão de Deus para todos nós? Você e eu precisávamos morrer e ressuscitar, e a menos que tenhamos visto estas coisas – porque isto terá que vê-lo espiritualmente – nosso entendimento deve ser iluminado, e para isto veio o Espírito Santo, enviado do céu, para nos dar a conhecer esta linguagem e esta experiência celestial. Para os homens, esta linguagem é loucura; mas para nós, Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus. De tal maneira, irmão, que em Cristo você acabou você já não vive!

Você escutou alguém falar disto alguma vez? Sim, pois era a experiência do apóstolo Paulo: «Com Cristo estou juntamente crucificado, e já não vivo eu, mas Cristo vive em mim» (Gál. 2:20). Paulo não estava louco (embora alguns incrédulos quiser apelida-lo de tal). Ele entendeu as coisas de tal maneira que soube que sem esforço algum, sua vida terminou com Cristo e de uma vez recomeçou com Cristo. Irmão, isto não se pode compreender tudo de uma só vez em uma só mensagem.

 

Nossa capacidade de compreensão das coisas mais profundas de Deus deve ir num aumento constante. Isto está enunciado para que você se aprofunde. Agora o assunto fica em suas mãos. Se você se conformar com a experiência de salvação de Romanos 3, você é igualmente um filho de Deus e não irá para a condenação; mas temo que sua recompensa não será a mesma se você subir ao próximo degrau e procurar que se faça vida em você a verdade de que morremos e ressuscitamos com Cristo.

 

Alguns se complicam com Romanos 7, mas o que está ocorrendo de verdade ali, é que o homem espiritual, o homem que deseja viver a vida do Espírito, está-se descobrindo a si mesmo. Seu problema não é só um assunto de certos «feitos» que o complicam em sua carreira cristã. Ele está descobrindo que possui tão somente as «boas intenções»: «O querer o bem está em mim, mas não o fazê-lo...”. não faço o bem que quero, mas sim o mal que não quero isso faço (7: 18-19). E começa a luta do bem e do mal, e estas coisas do «bem e do mal», leva-nos de volta a Gênesis (a famosa árvore da qual Adão comeu). Então, nosso problema vem de muito atrás, de Adão, mas nossa realidade atual não é de Adão, pois estamos em Cristo, e em Cristo morremos. De maneira que agora necessitamos que outra pessoa viva em nós: «Cristo em nós, a esperança de glória» (Col.1:27).

 

Santidade

A santidade em nós é a cópia ou a transcrição da santidade que está em

Cristo. Assim como o carimbo imprime a linha e a linha os caracteres, e o

filho adquire cada traço do seu pai, assim é a santidade de Deus em nós.

Philip Henry

Fonte: Revista águas vivas

UMA REVISTA PARA TODO CRISTÃO / ANO 7 · Nº 41 · SETEMBRO - OUTUBRO 2006

 

 

 

 

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