DIA 2: Jesus e as emoções _ AS EMOÇÕES “NEGATIVAS” DE JESUS
DIA 2: AS EMOÇÕES “NEGATIVAS” DE JESUS
Meditação Bíblica para Hoje
“Jesus chorou” (João 11.35).
Nome de Jesus Cristo para Hoje
A Expressa Imagem do Seu Ser (Hebreus 1.3)
Oração para Começar o Estudo
Senhor, tenho emoções negativas que, ás vezes, acabam sendo destrutivas em meus relacionamentos com os outros. Desejo aprender de teu exemplo a manifestar as emoções de uma forma correta. Tu és a imagem perfeita de Deus. Ensina-me a refletir tua imagem em minha vida, de maneira que tu sejas honrado. Amém.
Comece o estudo lendo o versículo e o nome de Cristo para hoje. Repasse o versículo para memorizar. Faça em seguida a oração sugerida para começarseu estudo.
Jesus sentiu muitas emoções humanas, tanto negativas quanto positivas. Dessa forma, Jesus revelou uma vida afetiva normal e saudável. Deus tem emoções, como o demonstra com toda a clareza o Antigo Testamento. Deus pode irar-se (veja Números 25.3), sentir ciúmes (veja Êxodo 20.5), amar (veja Jeremias 31.3), e ser compassivo (veja Lamentações 3.22). Jesus não reprimiu nenhuma emoção legítima. Sua vida nos mostra toda a gama de emoções humanas.
Três vezes o Novo Testamento menciona que Jesus irou-se. A primeira vez ocorreu na primeira ocasião em que expulsou os cambistas. Jesus repetiu essa ação na última semana de sua vida terrenal (veja Mateus 21.12-13; Marcos 11.15-17; Lucas 19.45-46). Conforme for lendo o relato seguinte, observe que a atitude de Jesus não foi um acesso de cólera. Ele manifestou zelo pela casa de seu Pai. Jesus planejou cuidadosamente suas ações e dedicou tempo em fazer um açoite antes de manifestar a ira que ele e seu Pai sentiram pela profanação do templo.
E achou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e também os cambistas ali sentados; e tendo feito um azorrague de cordas, lançou todos fora do templo, bem como as ovelhas e os bois; e espalhou o dinheiro dos cambistas, e virou-lhes as mesas; e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio. Lembraram-se então os seus discípulos do que está escrito: O zelo da tua casa me devorará (João 2.14-17).
Volta-se a mencionar a ira de Jesus em Marcos 3.1-5. Os fariseus estavam vigiando Jesus para ver se ele realizaria a cura, no dia de sábado, de um homem que tinha a mão atrofiada. “E olhando em redor para eles com indignação, condoendo-se da dureza de seus corações...” (v.5). Pode-se manifestar a ira de forma ilegítima. Estas violações da santidade e da justiça, entretanto, foram oportunidades para a devida expressão de ira santa. A ira santa procede de uma fonte que talvez faríamos bem em não procurar imitar.
Qual é uma emoção “negativa” que Jesus manifestou de uma forma apropriada?
Em uma ocasião, Jesus se indignou com seus discípulos. Eles haviam tentado impedir que as pessoas levassem suas crianças para que ele as abençoasse. Normalmente, quando não entendiam seus métodos, Jesus era moderado e paciente com eles. Mas, nessa ocasião, “indignou-se” (Marcos 10.14). Raramente Jesus manifestou esta emoção. É evidente que tal atitude foi ofensiva a Jesus. Jesus desejava que as crianças chegassem até ele.
Certa vez, os fariseus foram ver Jesus e lhe pediram um sinal do céu. Jesus já havia dado abundantes sinais mediante suas curas e milagres. Ironicamente, esta petição ocorreu imediatamente depois de Jesus ter alimentado quatro mil pessoas. Que maior sinal poderiam desejar? Marcos nos diz que Jesus “[suspirou] profundamente em seu espírito” (Marcos 8.12) – um exemplo extraordinário de desaprovação. Até a paciência de Deus está limitada por sua própria santidade perfeita.
Quatro vezes o Novo Testamento descreve Jesus pesaroso e comovido. A primeira vez, quando da morte de Lázaro. Nessa oportunidade, Jesus “comoveu-se em espírito, e perturbou-se” ao ver Maria chorar (João 11.33). Jesus “turbou-se em espírito” quando anunciou a traição de Judas (João 13.21). A expectativa do monumental fracasso humano e a traição de um amigo íntimo era algo inexplicavelmente angustiante. No Getsêmane, na noite anterior à sua morte, Jesus “começou a ter pavor e angustiar-se” (Marcos 14.33). Jesus chegou a expressar sua grandiosa tristeza: “A minha alma está triste até a morte” (Marcos 14.34). Mais tarde, no Getsêmane, esteve “em agonia” e provavelmente suou sangue (Lucas 22.44). Jesus foi indubitavelmente capaz de sentir uma profunda emoção humana, e a expressou francamente.
Relacione abaixo algumas das outras emoções “negativas” manifestadas por Jesus.
Temos uma idéia da aflição de Deus pelo império do pecado e da morte quando Jesus chorou ante a tumba de Lázaro (veja João 11.35). Jesus “suspirou” quando estava curando o surdo-mudo (veja Marcos 7.34).
Jesus foi capaz de sentir uma aflição profunda. Os dois gritos de angústia por Jerusalém indicam um intenso amor que foi profundamente ferido: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que a ti são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha junta a sua ninhada debaixo das asas, e não quisestes!” (Lucas 13.34). Jesus também chorou pela cidade de Jerusalém durante a sua entrada triunfal nela. Quase ouvimos o gemido em sua voz quando disse: Ah! Se tu conhecesses, ao menos neste dia, o que te poderia trazer a paz! Mas agora isso está encoberto aos teus olhos” (Lucas 19.42). Não há clamores mais eloqüentes em toda a literatura.
Cite algumas emoções negativas que você tem manifestado.
Como você avaliaria como regularmente expressa as emoções negativas? Assinale uma ou escreva sua própria resposta.
( ) Sempre ajo de maneira apropriada (correta).
( ) Ás vezes bem, porém outras vezes explodo.
( ) Tenho medo de geralmente expressar emoções negativas de forma não apropriada.
( ) Outra:
Ore sobre a forma como você manifesta as emoções negativas. Peça ao Senhor para ajudá-lo a reagir ás emoções negativas de um modo que ele seja honrado e jamais desagrado.