Estudo panoramico da Biblia: ( Genesis) A PRIMEIRA CIVILIZAÇÃO
Estudo panoramico da Biblia: ( Genesis) A PRIMEIRA CIVILIZAÇÃO
A civilização anterior ao Dilúvio é chamada antediluviana e pereceu sob o julgamento das águas. Foi iniciada por Caim e terminou em destruição. A Bíblia ensina, e os arqueólogos confirmam, que os homens que viveram antes do Dilúvio não eram selvagens; já tinham atingido um considerável grau de civilização. Em Gênesis 4.17-22, é mencionado o seu progresso. Conquanto não se sabia muita coisa sobre os antediluvianos, alguns dos lugares que habitaram foram descobertos, e remanescentes das suas obras confirmam uma civilização como a Bíblia parece descrever.
Em três cidades, Ur, Quis e Fara, o depósito sedimentar deixado pelo Dilúvio foi descoberto pelo professor Woolley, arqueólogo enviado pelo Museu Britânico e pela Universidade da Pensilvânia. Debaixo dos depósitos diluvianos em Ur, ele encontrou camadas de detritos cheios de instrumentos de pedra, cerâmicas e tijolos queimados. O mesmo se deu com as outras duas cidades.
Abra a Bíblia em Gênesis 4.16-22 e veja o que diz da civilização deles:
1. Criadores de gado. “Ada deu à luz a Jabel: este foi o pai dos que habitam em tendas e possuem gado” (GN 4.21).
2. Músicos. “O nome de seu irmão era Jubal: este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta” (GN 4.21).
3. Artífices e fabricantes. “Zilá, por sua vez, deu à luz a Tubalcaim; artífice de todo instrumento cortante, de bronze e de berro” (GN 4.22).
4. Construtores. “E coabitou Caim com sua mulher; ela concedeu e deu à luz a Enoque. Caim edificou uma cidade e lhe chamou Enoque, o nome de seu filho” (GN 4.17).
A civilização que Caim fundou pode ter sido igual à da Grécia ou de Roma, mas o julgamento de Deus estava sobre ela. Por quê/ (GN 6.5-7).
O DILÚVIO (GN 56)
A narrativa do Dilúvio na Bíblia é muito simples e direta. A história não é contada por ser assustadora ou interessante, mas por ser um acontecimento na história da redenção. O mal tinha crescido desenfreadamente, ameaçava destruir tudo o que havia de bom; só restava um homem, o justo Noé. Deus enviou o Dilúvio para restaurar o bem na terra.
Adão e Eva haviam cedido a uma tentação externa, mas agora o problema dos homens era interno. “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo designo do seu coração” (GN 6.5). Deus iria separar o justo do ímpio e agora estava dando o primeiro passo no sentido de uma nação escolhida. Depois da Queda, Deus deu ao mundo um novo começo, mas logo a maldade do homem cresceu a ponto de restar só um justo, Noé.
Deus fora longânimo e paciente com os homens, e seu Espirito Santo lutara com eles. Noé os havia advertido por 120 anos enquanto construía a arca. Mesmo depois que Noé, sua esposa e seus filhos com suas esposas entraram na arca de segurança, levando consigo dois de cada espécie de animais imundos e 14 de cada espécie de animais limpos, houve um intervalo de sete dias antes que começasse a chover, mas as misericórdias de Deus foram recusadas, e, como resultado, os homens pereceram (GN 6 e 7). Noé e sua família foram salvos do Dilúvio pela arca (um tipo perfeito de Cristo, nossa arca de segurança). Quando saiu, a primeira coisa que fez foi erigir um altar e adorar a Deus (GN 8.20). Oito pessoas foram salvas do terrível juízo que se bateu sobre a terra. Deus lhes entregou a terra purificada, com amplo poder de governa-la (GN 9.1-6), e deu-lhes novamente o domínio sobre todo ser vivente na terra, no céu e no mar. O homem tinha a responsabilidade de governar o mundo para Deus. A maior responsabilidade dada ao homem foi tirar a vida de quem tirasse a vida (GN 9.6).
Charles Marston, famoso arqueólogo, supera todos os grandes detetives da ficção moderna. Em sua busca, ele já desenterrou milhares de testemunhas de pedra e cerâmica. A verdade das Escrituras fica demonstrada quando ele punha a pá ou a pena. Marston, muitas vezes chamado “arqueólogo com um propósito”, tem silenciado os críticos da Bíblia. O registro de muitas pessoas que os cientistas dizem ser só nomes bíblicos foram desenterrados.
Marston declara que a cena dos acontecimentos registrados nos primeiros capítulos de Gênesis parece ter sido próxima do rio Eufrates. A terra ao redor é chamada Sinear, ou Caldéia, ou Mesopotâmia. Nós a conhecemos por Babilônia, hoje chamada Iraque. É uma terra de desertos áridos através da qual o grande Eufrates desce até o golfo Pérsico. Mas os desertos estão cheios de ruínas de cidades antigas e antigos canais de irrigação. A areia submergiu tudo, mas as escavações têm revelado ruínas de uma vasta civilização que existia em 5000 a.C. São os indícios de uma era, pouco tempo atrás quase esquecida, marcada por dois grandes povos – os sumérios e os semitas. Os semitas derivam seu nome de Sem, o filho mais velho de Noé, e a raça hebraica, da qual descende Abraão, foi uma ramificação desse povo.
Descobertas arqueológicas na Mesopotâmia trazem indícios do Dilúvio, tanto nos escritos cuneiforme como nos próprios depósitos. As bibliotecas cuneiformes parecem ter dados narrativas minuciosas e referências a essa catástrofe. Foi achado também um prisma de barro no qual estão inscritos os nomes dos reis que governaram antes do Dilúvio. A expedição do dr.Langdon encontrou evidências do Dilúvio em Quis, perto da antiga Babilônia. As descobertas dos depósitos feitas pelo dr.Woolley realizaram-se enquanto escavavam Ur dos Caldeus, bem mais para o sul, a meia distância entre Bagdá e o golfo Pérsico. As escavações em Quis revelaram duas camadas distintas do Dilúvio, uma delas seis metros abaixo da outra. O dr.Langdon liga os depósitos de Ur à camada mais baixa de Quis e menciona o fato de os escribas babilônios e assírios frequentemente se referirem à era “anterior ao Dilúvio”. Um rei fala de si mesmo como alguém que “gostava de ler os escritos da era anterior ao Dilúvio”.
BABEL (GN 10 e 11)
Depois do Dilúvio, o mundo teve um novo começo. Mas, em vez de os homens se espalharam e repovoarem a terra, como Deus havia ordenado, construíram a grande torre de Babel, rebelando-se contra ele. Julgavam que poderiam estabelecer um império mundial independente de Deus, por isso foram castigados com a confusão das línguas e assim, se espalharam. A raça humana foi então dividida em nações que falavam diferentes línguas, de acordo com os três filhos de Noé: Sem, Cam e Jafé. Os descendentes de Sem se localizaram na Arábia e para o Oriente; os de Cam se estabeleceram na África; os de Jafé, na Europa. Josefo, grande historiador judeu, declara que a torre de Babel foi construída porque o povo não quis submeter-se a Deus. Quando lemos a história em Gênesis11.1-9, entendemos que o povo estava em oposição a Deus. Como resultado, houve essa confusão de língua e a dispersão. As diferentes línguas tendem a separar as pessoas e a restringir o progresso no comércio, nas artes e na civilização. O homem procurou glorificar-se, mas o propósito divino é que ele glorifique só Deus. Ao lermos Gênesis 10 e 11, encontramos a base para a divisão das nações, de acordo com os três filhos de Noé – Sem, Cam e Jafé. Descobrimos ainda o motivo para essa divisão. A maior parte dos descendentes de Noé parece ter migrado da Armênia, onde a família de Noé deixou a arca, voltando para a planície da Babilônia, onde construíram a torre.
O CHAMADO DE ABRAÃO (Gn 12-38)
Apesar da maldade do coração humano, Deus quis mostrar sua graça. Ele queria um povo escolhido:
1. A quem pudesse confiar as Sagradas Escrituras;
2. Que fosse sua testemunha a outras nações;
3. Mediante o qual o Messias prometido pudesse vir.
Deus chamou Abraão para deixar seu lar na idólatra Ur dos Caldeuses, a fim de ir para uma terra desconhecida onde Deus o faria pai de uma poderosa nação (GN 12.1-3; HB 11.8-19). Assim começa a história de Israel, o povo escolhido de Deus. Onde quer que Abraão passasse, erguia um altar a Deus, que o honrou, revelando-se a ele. Foi chamado “amigo de Deus”. Deus fez uma aliança com ele pela qual seria o pai de uma grande nação e por meio dele as nações da terra seriam abençoadas (GN 12.1-3). Seus descendentes receberam um cuidado especial de Deus, que os tratou como a nenhum outro povo. Sempre se fala dos judeus como o povo escolhido. Por meio de Isaque, filho de Abraão, as promessas passaram para Jacó, o qual, apesar de suas muitas faltas, deu valor a bênção da aliança de Deus. Ele tinha entusiasmado pelo plano de Deus – fundar uma nação por meio da qual o mundo todo seria abençoado. Jacó, em suas peregrinações, sofreu por causa do seu pecado, mas a disciplina de Deus fez dele um grande homem. Seu nome foi mudado para Israel, um príncipe que lutou com Deus (GN 32.28). Esse é o nome pelo qual a nação foi chamada – israelita. Seus 12 filhos se tornaram cabeças das 12 tribos de Israel. Leia Gênesis 49.
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