ESTUDOS BIBLICOS _ LEVITICO: OS SACERDOTES
O SACERDOTE (LV 8-10)
Estamos estudando o grande tema do sacrifício, mas ninguém poderia trazer seu próprio sacrifício a Deus. Era preciso leva-lo ao sacerdote, e esta, por sua vez, o oferecia a Deus.
Deus escolheu a tribo de Levi para cuidar do tabernáculo e, dessa tribo, uma família, a de Arão, para o sacerdócio. Os membros dessa família ficaram encarregados dos sacrifícios e eram sustentados pelos dízimos do povo. O sacerdote fazia a intermediação entre os homens e Deus com as orações e os louvores do povo, pois ele representava e pleiteava a sua causa.
O israelita que desejasse aproximar-se a Deus trazia seu animal ao átrio do tabernáculo. No altar do holocausto, colocava a mão sobre a cabaça do animal, para expressar arrependimento e consagração. O animal era morto, e seu sangue, aspergido sobre o altar.
O sacerdote, representando o adorador, aproximava-se então da bacia, na qual lavava as mãos, indicando, assim, a vida limpa que deveria seguir-se ao perdão dos pecados. Ele entrava no Santo Lugar, passava pelos utensílios sagrados – o candelabro, a mesa dos pães da proposição – e chegava ao altar do incenso, onde a oração a oração era oferecida.
O SUMO SACERDOTE
Uma vez por ano, o sumo sacerdote passava além do véu que separava o Santo Lugar do Santo dos Santos e comparecia diante do propiciatório com o sangue da expiação a fim de interceder pelo povo. Ele não poderia consagrar-se a si mesmo, por isso Moisés agia em lugar de Deus nessa função. Cada sacerdote apresentavam seu corpo em sacrifício vivo para o serviço divino como Paulo deseja que façamos (RM 12.1,2).
Os sacerdotes estavam encarregados dos sacrifícios, e os levitas, seus auxiliares, cuidavam do tabernáculo, formavam coros, eram guias e instrutores no templo.
Observe como se inicia o capítulo 10 de Levítico. Desde o princípio da história da obra do sacerdócio, havia evidências de fracasso. Nadabe e Abiú, filhos de Arão, ofereceram fogo estranho diante do Senhor, “o que lhes não ordenara” (10.1), e foram mortos imediatamente pelo fogo.
Lemos em 10.3 que Arão se calou. Era pai deles, porém não ousou fazer perguntas a Deus. Às vezes, falamos demais perante Deus, mas precisamos aprender a andar suavemente na sua presença. Os demais sacerdotes foram solenemente admoestados a não darem demonstrações de pesar e a continuarem em seus postos. Os sacerdotes eram ministros dos sacrifícios que estamos estudando. Cada um deles representava uma figura do grande sacrifício de Cristo pelo pecado do mundo.
NOSSO GRANDE SUMO SACERDOTE
Os sacrifícios de animais já não são necessários, porque todos os sacrifícios se cumpriram em Cristo. Por isso, não há mais necessidade de sacerdotes. Cristo mesmo é o nosso grande sumo sacerdote (HB 2.17; 4.15); ele é o único mediador entre Deus e os homens, e nenhum outro pode intermediar Deus e o homem.
Cristo é o nosso sumo sacerdote e está à direita do Pai, intercedendo hoje por nós. Chegamo-nos a Deus por meio dele e só por ele (HB 10.12; 7.25; JO 14.6). Quando reconhecemos Cristo como nosso sacerdote, vemos sua divina perfeição compadecer-se das nossas fraquezas (HB 4.15).
Como sacrifício, ele estabelece o relacionamento do seu povo com Deus; como sacerdote, sustenta essa posição.
Na carta aos Hebreus, lemos a respeito desse sacerdócio perfeito e eterno. A esfera do ministério sacerdotal de Cristo é o céu, e não a terra. Ele nunca compareceu ao templo terreno a fim de oferecer sacrifício; foi lá para pregar e ensinar, e não para sacrificar. A não ser no sentido de que todos os crentes em Cristo são sacerdotes (1PE 2.50, não há ninguém que possa ser chamado de sacerdote. O cristo é um sacerdote. O cristão é um sacerdote espiritual, e não é preciso que nenhum filho de Deus se apresente diante de um homem na terra a fim de ter acesso à presença de Deus. Todo cristão tem direito de livre acesso a Deus, porque conhece Jesus Cristo. Ele disse: “Eu sou o caminho” (Jo 14.6). “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (HB 4.16).
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