ESTUDOS BIBLICOS: PREPARAÇÃO PARA A JORNADA (NM 1 -12)
ESTUDOS BIBLICOS: PREPARAÇÃO PARA A JORNADA (NM 1 -12)
Ao iniciar-se o livro, os filhos de Israel estavam no deserto do Sinai; já haviam recebido a lei, o tabernáculo fora construído e os sacerdotes tinham sido designados para suas respectivas funções. Agora iria preparar a nação para trabalhar. Os ensinos desse livro se aplicam muito bem à vida cristã.
A ordem é a primeira lei do céu. Vemos o Senhor fazer recenseamento e distribuir as tribos (Caps. 1 e 2), escolher e determinar os deveres dos sacerdotes e dos levitas (caps. 3 e 4). Deus é o autor da ordem. Ele mesmo contou cada pessoa do seu do seu povo e reuniu todos ao redor dele. Isso é muito precioso para o nosso coração. Deus habitava no arraial, e as 12 tribos guardavam o tabernáculo do Senhor. Os levitas acampavam-se ao redor do átrio, e Moisés, Arão e os sacerdotes guardavam a entrada pela qual se podia chegar a Deus.
Supõe-se que a circunferência do campo que abrangia o arraial dessa forma e ficava de frente para o tabernáculo era de uns 20 quilômetros. Que vista imponente deveria ter sido o arraial para quem visse de fora, no meio do deserto, com Deus estendendo-se sobre eles numa nuvem, de dia, e numa coluna de fogo, à noite (NM 9.15-23)! Ele era luz para eles à noite e sombra durante o dia. Os sapatos deles não se gastavam, nem suas roupas envelheciam. Imagine 600 mil homens, de 20 anos para cima, a ao todo 3 milhões de homens, mulheres e crianças nesse grande arraial! Mas a presença de Deus no meio do arraial era algo tremendamente glorioso.
No primeiro capítulo, Moisés recebe ordens de fazer o recenseamento. O Senhor conhece pelo nome os que são dele (2TM 2.19; FP 4.3). Até os cabelos da nossa cabeça estão contados. Como é maravilhoso saber que Deus cuida de cada um de seus filhos!
Para os Cristãos, também há um recenseamento, pois Cristo conta as suas jóias e conhece os que pertencem a ele. Havia um memorial escrito diante dele (MI 3.16,17). Encontramos neste capítulo a declaração da linhagem do povo. Podemos traçar nossa genealogia até o Senhor ressurreto? Estamos certos de nossa linguagem (JO 1.12)?
DEUS ESTAVA LÁ
Aqui estavam 3 milhões de pessoas num deserto árido, sem uma folha de grama, nem uma gota de água, nenhum meio visível de sustento. Como foram alimentados? Deus estava lá! Como achariam o rumo através de um deserto imenso em que não havia caminhos? Deus estava lá! A presença de Deus tudo provê. Ora, esses 3 milhões de pessoas seriam alimentadas de brisa? Quem era responsável pelo almoxarifado? Onde estava a bagagem? Quem iria cuidar da roupa e de outras coisas? Deus estava lá! Na aritmética da fé, Deus é o único número de valor.
Ninguém tinha ido à frente a fim de abrir caminho para os filhos de Israel. Não havia um rastro, nem um macro. Isso se parece muito com a nossa vida como cristãos hoje. Estamos atravessando um deserto sem caminhos abertos – um deserto moral. Não há nenhuma trilha. Não saberíamos onde andar, não fosse uma pequena frase dos lábios de Jesus: “Eu sou o caminho” (JO 14.6). Não há nenhuma incerteza; ele nos guiará passo a passo, pois disse: “Quem me segue não andará nas trevas” (JO 8.12).
Deus deu a seus filhos uma nuvem para guiá-los durante o dia e uma coluna de fogo à noite. É interessante ver como foram guiados um passo de cada vez. Não sabiam quando deveriam andar e quando parar, mas a arca da aliança (que significava a presença de Deus) ia à frente, com a coluna de nuvem a conduzi-los sempre (NM 10.33). O pecado penetrou nessa vida tão bem organizada do acampamento. O povo começou a murmurar contra Deus, e ele enviou o juízo de fogo (NM 11.1-3). Reclamaram da comida (11.4), pois lhes parecia monótona. Tinham saudades do alho e das cebolas do Egito e que queriam peixe. Como resultado de suas murmurações, Deus enviou-lhes codornizes por trinta dias. Tornaram-se glutões, e “estava ainda a carne entre os seus dentes, antes que fosse mastigada, quando se acendeu a ira do SENHOR contra o povo, e o feriu com praga mui grande” (NM 11.33). Muitos ficaram doentes e morreram.
A seguir, lemos sobre o pecado de Arão, o sumo sacerdotes, e de Miriã, irmã de Moisés. Deus havia escolhido Moisés para ser o líder desse grande povo; Arão e Miriã eram somente seus auxiliares. A inveja invadiu-lhes o coração. Queriam mais honras. Leia sobre a terrível punição que Miriã recebeu, atacada pela lepra por sete dias (NM 12.1-16).
“Disse Moisés a Hobabe, filho de Reuel, o midianita, sogro de Moisés: Estamos de viagem para o lugar de que o SENHOR disse: Dar-vo-lo-ei; vem conosco, e te faremos bem, por que o SENHOR prometeu boas coisas a Israel” (NM 10.29). Podemos dizer isso? Dizemo-lo aos que nos cercam?
A arca da aliança é a palavra de Deus no meio do povo; o som da trombeta de prata é o testemunho de um profeta fiel; a coluna de fogo e a coluna de nuvem são a consolação e a direção do Espírito Santo; o tabernáculo e os seus estatutos constituem o culto do santuário.
“O apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão”, Jesus (HB 3.1), é quem dá sentido a tudo isso. Somos apenas criaturas que cometem muitos erros, sujeitas a desvios, mas Deus nos tem dado esses ajudadores e guias celestiais. Quem não precisa deles? Quem pode progredir sem eles? Convidemos outros a se unirem ao nosso grupo e a irem conosco. Devemos sempre tomar alguém pela mão e convidá-lo a nos acompanhar.
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